segunda-feira, 8 de setembro de 2008

TEXTO DE REFLEXÃO ONDE MOSTRA O QUANTO PODEMOS FAZER DIFERENÇA

A professora Teresa conta que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos de 5ª série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.
No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um garoto chamado Ricardo...Ela aos poucos, notava que ele não se dava bem com os colegas e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheirando mal. Houve até momentos em que ela sentia um certo prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações. Ela deixou a ficha de Ricardo por último, mas quando a leu foi grande a sua surpresa...
Ficha do 1º ano - "Ricardo é um menino brilhante e simpático, seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos, tem bons modos e é muito agradável estar com ele".

Ficha do 2º ano - "Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas e professores, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganda pelos médicos. A vida em seu lar deve está sendo muito difícil".

Ficha do 3º ano - "A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse em ajudá-lo. Ele anda desanimado e suas notas estão baixas, precisamos ajudá-lo".

Ficha do 4º "Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse nenhum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula".

Ela se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada, e ficou pior quando se lembrou dos lindos presentes de natal que ela recebia dos alunos, com papéis colorido, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel de supermercado.
Lembrou que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros colegas riam ao ver que era uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Relembrou, ainda, o que ele disse:
- "A senhora está cheirosa como minha mãe!"
E, naquele dia, depois que todos se foram, a professora chorou por longo tempo... em seguida, decidiu mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente ao Ricardo.
Com o passar do tempo ela notou que Ricardo só melhorava, e quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava, e ao final do ano letivo, ele saiu como o melhor da turma.
Seis anos depois, recebeu uma carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.
Com o passar dos anos, um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mas conhecido como Ricardo.
Mas a história não termina aqui... tempos depois ela recebeu um convite de casamento e a notificação do falecimento do pai de Ricardo. Ela aceitou o convite e foi ao casamento.
Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido:
-"Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-se que posso fazer a diferença". E com os olhos banhados em lágrimas ela sussurrou:
-"Engano seu, depois que o conheci aprendi a lecionar e a ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando".

MAIS DO QUE AVALIAR AS PROVAS E DAR NOTAS, O IMPORTANTE É ENSINAR COM AMOR MOSTRANDO QUE SEMPRE É POSSÍVEL FAZER A DIFERENÇ..."

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

11 MOTIVOS PARA SER PROFESSOR


1. "Para mim só há um motivo: amar as crianças e querer tê-las como companheiras"( Rubem Alves)
2. "Ser revolucionário. Resgatar o ideal de transformar o mundo por meio das pessoas e, assim, fazer com que as gerações aprendam a respeitar o ser humano e o planeta em que vivemos". (Suzana Maringoni)
3. "Ser professor é no mínimo uma obrigação política. Não podemos aceitar uma população de excluídos da educação e cultura. Nossa profissão só tem sentido se despertar a consciência social por meio do conhecimento e promover o exercício da razão como forma de libertação". (Marilena Chauí)
4. "Transmitir conhecimento é uma honra e um dever" (Philippe Perrenoud)
5. " A certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar conteúdos, mas também ensinar a pensar certo". (Paulo Freire)
6. "Ensinar a ler ao maior número de crianças que eu puder". (Gisele Wajskop)
7. "É uma das profissões mais bonitas. Só recuperaremos nosso país se todas as crianças e jovens tiverem a oportunidade de aprender com professores envolvidos de verdade com a educação". (Raí)
8. "Aprimorar-se mais e mais a cada dia. Como professor, quanto mais você abrir sua mente, mais vai aprender e ensinar aos outros a importância de aprender". (Howard Gardner)
9. "O mundo depende dos mestres para despertar nos alunos a compreensão que pode gerar a verdadeira paz e justiça entre os homens". (Dorina Nowill)
10. "Combater a intolerância, o desrespeito e a exploração, fazendo de cada sala de aula um laboratório da paz com que tanto sonhamos". (Nova Escola)
11. " Ser professor é conhecer os limites do outro, é também reconhecer que todos os dias são feitos para aprender sempre um pouco mais. É saber que o sonho é possível, é sonhar com uma sociedade melhor e mais humana". (Geovana)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O MUNDO DO CLIQUE


Esta reportagem e da Nova Escola que nos mostra que fazemos parte de uma revolução que tem tudo a ver com o dia-a-dia da escola e pode ser resumida em uma palavra: informação. Por séculos e séculos, só os mestres tinham acesso a ela. Era nas salas de aula que o professor transmitia o conhecimento. O acesso às novidades era restrito. Hoja, qualquer acontecimento (por mais desimportante que seja) corre o mundo em segundos. E isso não vai parar. Cada vez mais gente vai ter mais acesso a mais informações.
Calcula-se que já existem 11 milhões de computadores instalados no Brasil (um para cada 16 habitantes). Pelo menos 14 milhões de pessoas estão conectados à internet. Num clique, elas acessam sites de jornais e revistas do mundo todo, navegam pela páginas virtuais de museus, bibliotecas, universidades, centros de pesquisa, bancos de dados. Trocam e-mails e participam de bate- papos on-line com internautas de outras cidades, de outros países, de outros continentes.
Há 10 anos, menos de 1% de população do planeta tinha acesso à rede. Hoje, essa taxa chega 80% em alguns países.
A web permite uma enorme intergração entre as várias disciplinas. Pular de um site de Arte para um de História - e de lá para informação importantes para as aulas de Matemática e de Língua Portuguesa é extremamente simples.
"Nessa nova perspectiva, professores e alunos deixam de ser simples consumidores para se tornar produtores de cultura e de conhecimento. A escola vira pólo dessa conexões", análisa Nelson Pretto, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Aliás, essa mistura de papéis fica mais clara quando o educador resolve aperfeiçoar sua formação e faz um curso a distância.
Com ou sem o auxílio da tecnologia, o papel do educador e transformar toda essa informação em conhecimento. Só há um caminho para isso: pensar, refletir, elaborar conclusões, em seguida, ensinar os alunos a fazer o mesmo percurso. Jornais, revistas, gibis e livros de ficção servem para interpretar textos e imagens.
Todas as mídias são excelentes ferramentas didáticas, como a televisão, rádio, jornais, revistas computadores. Na época da Revolução Industrial, no final do século 19, as máquinas eram consideradas mais importante do que o homem. Agora, quando vivemos uma revolução tecnológica, as pessoas são o elemento mais valorizado. Ou seja, cabe às escolas ajudar a formar cidadãos aptos a usufruir e alimentar essa nova ordem mundial, gente capaz de criar máquinas melhores, mais ágeis e eficientes.
"A era da informação é um fato consumado e a cada dia seus alunos estão mais antenados. Mas precisam da sua ajuda para aprender a interpretar a enorme quantidade de imagens que recebem diariamente" (Roberta Bencini)

VILÃ OU ALIADA?


Internet transforma a relação entre alunos e professores e estabelece novos paradigmas para o ensino e a aprendizagem. (Débora Marques)

Esta reportagem da revista Educação, nos fala de uma rede que interliga computadores e usuários no mundo todo, e que é um dos maiores avanços da história no que diz respeito a comunicação. E também um dos mais rápidos em pouco mais de duas décadas, o sistema tornou-se o principal veículo para a interação entre pessoas, empresas e instituições.
Diante disso, pode-se imaginar o tamanho do impacto que a internet apresentou econômica, política e socialmente para a humanidade.
Na formação de crianças, jovens e adultos, a internet representa uma ruptura no modelo pedagógico tradicional e exige de professores, alunos, pais e instituições uma mudança de comportamento na relação entre ension e aprendizagem. O principal fator de tal rompimento se deve ao acesso quase irrestrito às informações que a internet proporciona.
Diante de tamanho potencial, alunos e educadores vão se adaptando aos poucos às novas ferramentas de ensino. "Os jovens não têm medo da tecnologia, mas nem todos buscam o conhecimento espontaneamente", considera Betina Von Staa, coordenadora pedagógica da divisão de portais educacionais da Positivo Informática.
Nesse contexto entra o professor, cuja principal missão muda substancialmente a partir do acesso dos alunos ao universo de dados que a internet proporciona. O conhecimento que antes ficava restrito aos livros e ao educador está disponível a todos que tenham acesso à rede e o mínimo de habilidade de manejá-la.
"O estudante que navega pela internet precisa desenvolver autonomia perante o conhecimento. Para tanto, o professor deve orientar a pesquisa e bons sites, boas referências e conteúdos para que o próprio aluno tenha condição de selecionar o que estudar", acredita Betina.
Assim, aos poucos, ele próprio vai desenvolvendo o senso crítico em relação ao que lê e passa a escolher mais criteriosamente o que pode ser aproveitado.